A complexidade das exigências e legislação nas CMEs e a necessidade de garantir a segurança dos pacientes e profissionais

Desde uma simples consulta até uma cirurgia complexa: todos os atendimentos realizados em um hospital dependem diretamente dos processos da Central de Material e Esterilização, que é responsável por receber, processar e distribuir produtos para a saúde que são imprescindíveis para que profissionais possam tratar os beneficiários que visitarem a instituição, o que significa que, sem essa área, todos os atendimentos são comprometidos.

Assim sendo, não é exagerado afirmar que as CMEs carregam uma responsabilidade inerente com a vida dos pacientes e, por isso, os processos realizados nesse setor são bastante complexos para que seja possível garantir que a rotina não seja interrompida e que todas as atividades sejam realizadas com excelência para que o processamento dos produtos para a saúde seja seguro e não represente nenhum tipo de ameaça à saúde dos pacientes e, também, dos profissionais de saúde.

Afinal, não é raro que falhas no processamento de instrumentais permitam a permanência de resquícios biológicos nos instrumentais que não podem ser detectados a olho nu, como sangue, fluidos e tecidos, o que pode aumentar o risco de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e favorecer a formação de biofilme.

A complexidade operacional das Centrais de Materiais e Esterilização

Por conta dessa grande responsabilidade que está nas mãos dos profissionais que atuam nas Centrais de Materiais e Esterilização, todas as atividades devem ser feitas com minuciosidade. Entre os processos básicos de uma CME estão: recepção, limpeza, desinfecção, preparo, esterilização, armazenamento e distribuição de todos os instrumentais médico-hospitalares utilizados em uma instituição. Assim sendo, é necessário que cada uma dessas etapas seja realizada com meticulosidade e, para isso, todos os setores internos de uma CME devem estar alinhados entre si. É muito importante lembrar que cada uma das etapas citadas inclui inúmeras tarefas, equipamentos e profissionais.

Para exemplificar, itens complexos precisam ser processados separadamente dos itens não complexos, artigos respiratórios demandam insumos especiais para evitar qualquer resquício que possa prejudicar as vias respiratórias dos pacientes, em situações pandêmicas – como a que vivemos atualmente com a covid-19 –, é preciso ter a capacidade técnica e agilidade para conseguir definir estratégias de separação dos materiais de uso e risco comum dos de risco complexo e rapidamente complementar as medidas de segurança com novos EPIs e processos. Além disso, determinados produtos para a saúde são limpos manualmente enquanto outros de forma automatizada, todas as informações sobre o uso de saneantes e sua validade, lote e volume devem ser controladas, os equipamentos precisam estar bem posicionados para garantir mais facilidade e destreza na hora de mover os instrumentais de um setor para o outro, e cada profissional envolvido no processo deve anotar as atividades que realizou.

Agora imagine fazer tudo isso e, ao mesmo tempo, ter que registrar manualmente todos esses processos e, pior, separar as informações sem a ajuda de um banco de dados? Os registros manuais, além de menos confiáveis, consomem uma enorme quantidade de tempo dos profissionais e dificultam a tomada de decisões assertivas e racionais, afinal, como tomar a decisão certa se os dados não estão compilados para serem analisados?

Por isso, soluções como AGEIS CME, que garantem o registro de todos os instrumentais e atividades realizadas na Central de Materiais e Esterilização, são imprescindíveis para o setor, contribuindo com a gestão otimizada e oferecendo muito mais segurança para os pacientes.

Além das questões relacionadas aos processos de limpeza e esterilização em si, também existem diversos outros aspectos que aumentam a complexidade dos processos:

  • Financeiros: que envolvem não apenas budget, mas também manutenção, troca de equipamentos, aquisição e consumo de insumos e muito mais.
  • Estruturais: que compreende o layout da CME, o posicionamento dos equipamentos, entre outros.
  • Humanos: que abrange a qualificação dos profissionais, o tempo trabalhado e diversos outros fatores.

Todos esses aspectos serão abordados com mais profundidade em outros artigos para que possamos entender, com maiores detalhes, a sua importância para o sucesso da Central de Materiais e Esterilização.

Legislações: os padrões de segurança que todas as CMEs devem seguir para garantir a segurança dos pacientes.

É importante lembrar que, para garantir que os mínimos padrões de segurança sejam cumpridos, toda e qualquer CME deve atender, obrigatoriamente, as regulamentações propostas e aprovadas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como a RDC 15/2012, que dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de produtos para saúde, e a RE 2.606/2006, que trata da elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos. Ademais, a RDC 36/2013, que tem como objetivo instituir ações para a promoção da segurança do paciente e a melhoria da qualidade nos serviços de saúde, também é essencial.

E como forma de reforçar os padrões de segurança e garantir que as normas sejam cumpridas, existem inúmeras outras legislações que uma instituição deve atender, afinal, seguindo todas as diretrizes impostas por tais órgãos, é possível garantir mais segurança para profissionais e pacientes e atender com mais facilidade toda a complexidade dos processos de uma CME. Conheça algumas delas:

  • – RDC 36/2013 Segurança do paciente em serviços de saúde
  • – RDC 06/2013 Boas práticas de funcionamento para os serviços de endoscopia
  • – RDC 15/2012 Boas práticas para o processamento de produtos de saúde
  • – RDC 20/2012 Gerenciamento de tecnologias em saúde em estabelecimentos de saúde
  • – RDC 08/2009 Medidas para redução da ocorrência de infecções por MCR em serviços de saúde
  • – RDC 156/2006 Registro, rotulagem e reprocessamento de produtos médicos
  • – RE 2605/2006 Lista de produtos médicos enquadrados como de uso único proibidos de ser reprocessados
  • – RE 2606/2006 Elaboração, validação e implantação de protocolos de reprocessamento de produtos médicos
  • – RDC 306/2004 Regulamento técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde
  • – NR 32 Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde

IMPORTANTE: A AGEIS CME, por exemplo, atende todas as legislações mencionadas, para que seja possível proporcionar muito mais segurança e qualidade para os processos das CMEs nas quais atuamos. Para saber mais sobre as legislações pertinentes ao processamento de produtos para a saúde que a AGEIS CME atende, visite o nosso site e entenda o que temos feito para cumprir com o máximo rigor todas as determinações dos órgãos reguladores.

Sendo assim, existe de fato uma grande complexidade quando falamos de todos os processos realizados em uma Central de Materiais e Esterilização, contudo, todos esses processos foram criados para que seja possível garantir o mais importante: a segurança dos pacientes que são atendidos na instituição e dos profissionais médico-hospitalares que ali atuam. Ao definir padrões e normas rigorosas para as CMEs é possível garantir a padronização e normatização das atividades realizadas nesse setor, o que não apenas aumenta a qualidade dos processos, mas também beneficia toda a instituição, ajudando a garantir a excelência dos processos, a segurança dos profissionais e a qualidade no atendimento de seus beneficiários.


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